Pela Libertadores, Corinthians vence Cobresal com gol contra nos acréscimos

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Teve de tudo no confronto entre Cobresal e Corinthians, na noite de quarta-feira, na cidade chilena de El Salvador. Houve “Mamãe Eu Quero” no aquecimento, queda de energia, goleiro grogue por pancada na cabeça, braço fraturado e um tempo de 65 minutos. E gol contra nos acréscimos.

O time alvinegro iniciou sua campanha na Copa Libertadores da maneira de que a Fiel mais gosta. Já aos 45 minutos do segundo tempo, Escalona tentou cortar cruzamento rasteiro de Lucca – de longe, o melhor em campo – e acabou jogando a bola na própria rede: 1 a 0.

Repetindo a emoção da estreia do inesquecível 2012, mas com vitória, os comandados de Tite pularam na frente na tabela de classificação do Grupo 8. A equipe – que voltará a jogar em 2 de março, em Itaquera, contra o Santa Fe – está à frente do próprio Santa Fe e do Cerro Porteño, que empataram na Colômbia.

O atípico jogo no Deserto do Atacama foi interrompido logo aos 12 minutos, por apagão. Reiniciado o confronto, o Corinthians não chegou a se encontrar da melhor maneira. Não havia profundidade com Danilo no comando de ataque, e não ajudavam as atuações de Elias e Rodriguinho.

Por conta da interrupção e da pancada na cabeça de Cássio, claramente tonto ao menos até o intervalo, a etapa inicial teve mais de uma hora. Com Lucca como sua melhor figura, Tite tentou lhe oferecer companhia com Giovanni Augusto e André. Até melhorou, mas não parecia suficiente.

O jogo ficou aberto nos minutos finais, com as duas equipes se mostrando insatisfeitas com o placar zerado. Acabou sendo premiado o campeão de quatro anos atrás. Willians foi bem em sobra de escanteio e deixou com Lucca, que jogou a bola na área e a viu dentro da rede.

Mamãe, eu quero ganhar
O pré-jogo teve até a marchinha “Mamãe Eu Quero”, tocada no sistema de som do estádio. A partir do apito inicial, ficou ainda mais interessante. A partida começou quente, com uma falta dura de Bruno Henrique e uma boa jogada construída por Lucca – mal finalizada por Uendel.

Aí, aos 12 minutos, os refletores do El Cobre se apagaram. O relógio do árbitro Andrés Cunha não parou, e o confronto foi reiniciado aos 28. Os donos da casa voltaram bem mais acesos e se estabeleceram no campo de ataque, contando com lances perigosos e cruzamentos de Benítez da esquerda.

Quando subiu a plaquinha de 17 minutos de acréscimo, o Corinthians não conseguia ficar com a bola. Logo em seguida, Cássio foi atingido na cabeça por Yago, chegando a perder brevemente a consciência. Nova pausa, motivo para outros três minutos na soma de um primeiro tempo que chegou a 65.

Só no finalzinho os visitantes estiveram efetivamente perto do gol, em cobrança de falta de Lucca, o que não convenceu Tite. No intervalo – no qual Cássio mostrou estar ainda estar claramente sob efeito da pancada –, o técnico alvinegro trocou Romero por Giovanni Augusto.

A etapa final não começou menos movimentada. Jerez deu cotovelada em Lucca e ganhou apenas uma leve repreensão do juiz, bem mais rigoroso com os visitantes. Aos 12, o melhor jogador dos anfitriões, Benítez, caiu muito mal no chão, deu a impressão de ter fraturado o braço direito e precisou ser substituído.

A situação começou a efetivamente melhorar para o Corinthians, com a entrada de André, que deu profundidade ao time preto e branco. Yago, de cabeça, e Elias, em sobra na área, tiveram chance. Do outro lado, Cássio se livrou de um frango ao ser encobrido por cruzamento de González.

Subiu a placa de três minutos de acréscimo, muito tempo para algo acontecer em uma noite como a de quarta-feira. Saiu o gol contra, e o árbitro Andrés Cunha – aparentemente inclinado a irritar corintianos – fez questão de fazer o relógio se aproximar dos 50 até apontar o centro do campo.

(Créditos: Gazeta Esportiva)