Clientes de TV paga no Brasil cresce em julho, mas segue abaixo do início do ano

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O número de clientes de serviços de televisão por assinatura no Brasil cresceu em julho, em um movimento que interrompeu uma sequência de três quedas mensais seguidas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Porém, os crescimentos de 0,16 por cento da base de assinantes sobre junho e de 2,9 por cento sobre o mesmo período do ano passado não foram suficientes para recuperar o número de clientes do serviço em relação ao pico atingido em março.

Os assinantes de TV paga do país somaram 19.638.138 em julho ante 19.605.772 em junho. Em março, antes das três quedas seguidas da base de clientes, o número de assinantes foi de 19.762.408.

As operadoras já vinham sentido a desaceleração do setor desde o início do ano ante o desempenho registrado em 2014, diante da fraqueza econômica do país. Analistas afirmam que a TV paga costuma ser um dos primeiros serviços cancelados quando há redução no orçamento das famílias.

Segundo os dados da agência, a tecnologia de fibra ótica que chega na casa do cliente (FTTH), alcançou 136.094 assinantes em julho, apresentando o maior crescimento do setor no período: cerca de 5 por cento sobre junho.

Já o acesso via satélite viu oscilação negativa de 0,05 por cento no número de clientes entre junho e julho, a cerca de 11,8 milhões, enquanto a tecnologia por cabo teve avanço de 0,4 por cento, a 7,7 milhões.

A participação do grupo líder do setor, formado pelas empresas Claro, Embrael e Net e controlado pela América Móvil, caiu para 51,74 por cento em julho ante 51,81 por cento em junho e 53,32 por cento em juulho do ano passado.

O grupo de TV por satélite Sky/DirecTV, da AT&T, viu sua fatia subir para 28,87 por cento ante 28,84 por cento em junho e 29,42 por cento em julho de 2014.

Enquanto isso, a GVT, comprada pela Telefônica Brasil, seguiu ampliando sua participação no ano, atingindo 5,17 por cento em julho ante 5,08 por cento em junho. Já a fatia da própria Telefônica Brasil, que oferece serviços sob a marca Vivo, caiu a 4,11 por cento no mês passado ante 4,13 por cento em junho.